Arquivo da tag: Comportamento

Quando a tecnologia não ultrapassa a barreira das relações humanas

O filósofo francês Jean Paul Sartre, falecido em 1980 e muito conhecido pela defesa do existencialismo, afirmava que somente nos seres humanos a existência precedia a essência. Para ele primeiro o homem existe e depois define-se, ao contrario de todas as outras coisas que são o que são sem se definir, e por esta razão sem ter uma essência posterior a existência.
O filósofo francês Jean Paul Sartre, falecido em 1980 e muito conhecido pela defesa do existencialismo, afirmava que somente nos seres humanos a existência precedia a essência. Para ele primeiro o homem existe e depois define-se, ao contrario de todas as outras coisas que são o que são sem se definir, e por esta razão sem ter uma essência posterior a existência.

Sartre talvez não esperasse que sua celebre frase “o inferno são os outros” tenha de certa forma cunhado a crise do existencialismo, mesmo que para ele o significado da frase estivesse relacionado ao conhecimento inteiro e completo do ser humano, não somente pelo autoconhecimento, mas através também dos olhos dos outros.

Existencialismo
A crise do existencialismo pode ser retratada pela solidão

Na teoria do planejamento, uma empresa depois de identificar as oportunidades de mercado primeiro define-se, cria um produto ou serviço, monta o negócio e passa a existir como marca, mas sabemos que na prática a maioria delas existem e depois tentam definir-se, assim como a teoria do existencialismo de Sartre explica a condição e o diferencial humano. Mas uma empresa é feita por pessoas, ou não é

Depois de existir e definir-se, não necessariamente nesta ordem, a empresa encontra o seu inferno: os outros. A definição completa daquilo que realmente ela é através dos olhos de quem está de fora dela. E por mais que o mundo tecnológico tenha andado muito rápido, as empresas de Tecnologia da Informação ainda não conseguiram criar uma solução para transpor esta barreira das relações humanas, onde existência e definição conflitam-se. E quanto maior for a distância da existência para a definição, mais distantes elas estarão de ter uma essência, uma marca.

No entanto, se notarmos as marcas de maior sucesso hoje no mundo, aquelas que surpreenderam todos os mercados, as mais notáveis no momento e isso já é há alguns poucos anos, perceberemos que são as de tecnologia. Por quê? Qual a razão delas terem alcançado o topo tão rápido? Microsoft, Google, Facebook, Apple, Nokia, Samsung, IBM, Oracle, Intel, Amazon, a desconhecida Verizon como tantas outras? Você dirá: – pelos benefícios tecnológicos que elas proporcionaram à sociedade. Sim, mas qual em comum?

Ao meu ver o maior benefício em comum que estas empresas de tecnologia proporcionaram à sociedade foi a melhoria das relações entre as pessoas em todos os seus ambientes, do pessoal ao corporativo, passando pelo comportamento de consumo, entretenimento e lazer.

E mesmo assim, apesar da tecnologia ainda não transpor a barreira das relações humanas, elas, as empresas de TI, são as que estão mais próximas, e é justamente por esta razão, que as citadas acima estão no topo do ranking das marcas do mundo. Todas elas, em suas histórias de existência encontraram uma definição não somente através daquilo que identificaram como oportunidade de mercado, mas pela resposta do mercado sobre o que definiram como razão de sua existência.

Vamos pegar como primeiro exemplo a Microsoft e sua maior criação: o sistema Windows. Independente de quem é o pai da criança a busca pela definição na época era de criar o Personal Computer (PC). Esta novidade não trouxe somente benefícios para as pessoas, que puderam ter seu próprio computador, produzir, organizar e armazenar seus arquivos sem ao menos ter um domínio completo de programação de dados, bastava somente um curso de informática para habituar-se a nova plataforma de tecnologia e usá-la com produtividade. Ela trouxe benefícios também para o mundo corporativo e não precisa explicar muito como, é só seguir a linha do raciocínio.

E assim foram a Nokia e seus celulares, o Google e sua semântica de pesquisa, a Apple com suas inovações, o Facebook com a sua plataforma social de relacionamento remoto e as demais, cada uma na sua razão de existir, transformando as relações humanas e seus hábitos em ambientes de trabalho, pesquisa, mobilidade, gestão, lazer, entretenimento, consumo e relacionamento.

Sabemos que ainda há mais por vir. A integração de padrões semânticos e seus sistemas de informação na chamada WEB 3.0, mesmo que agora muito incipiente, girando em torno dos consumidores em redes sociais, banco de dados e buscadores inteligentes, que interpretam os pedidos dos usuários, aos poucos ganhará corpo e chegará ao setor corporativo.

E se o inferno são os outros como proferiu Sartre as tecnologias deram uma grande contribuição para reduzir a distância física entre as pessoas e principalmente evoluir o seu nível de autoconhecimento e definição. E isto serve também para as empresas. Mas e as de TI no Brasil, seguem esta mesma linha?

Qual a razão da existência da sua empresa? Como ela se define? Quão longe ou perto ela está de proporcionar um benefício à sociedade? Que tipo de relacionamento ela tem com o mundo fora dela?

Gestão do Relacionamento de Marca

Outra característica em comum destas empresas de tecnologia no topo das marcas mundiais é o relacionamento de marca. A importância dada a forma de comunicar suas inovações e o convencimento do bem que estes produtos e serviços trarão.

E isso não se dá somente através delas, mas da relação com os outros fora da empresa: os stakeholders. Parece até nome de banda de rock, mas na verdade são aqueles que vão avaliar de forma ininterrupta se o seu bem é aquilo mesmo que a empresa diz que ele é. Neste caso é bom que esta banda toque junto com a sua empresa e esteja afinada para agradar pelo menos a maioria do público.

Neste contexto o que percebemos na maioria das empresas de TI no Brasil é a falta de uma definição clara de suas existências, justamente por muitas delas não terem bem desenvolvidas ou não valorizarem o setor de comunicação e marketing, aquele que relaciona-se com os tais dos stakeholders e o mercado como um termômetro para a razão da existência de um produto ou serviço e até mesmo sua evolução.

Enquanto o marketing já está no grau 3.0, em que o foco das oportunidades de mercado para bens e serviços está centrado no valor que as pessoas dão hoje para empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade e idealismo, o marketing das empresas de TI no Brasil ou estão no estágio 1.0, baseado em produtos, ou no 2.0, baseado somente no consumidor/cliente e não em seus valores.

No livro Marketing 3.0 de Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, pode-se chegar a um método da gestão para o relacionamento de marca em três estágios: Integridade, Identidade e Imagem.

A integridade é a definição da existência da marca. Pra que ela veio ao mundo, assim como sabemos e vimos as de tecnologia no topo das marcas mundiais. E só é Possível definir a integridade a partir de uma definição de valores que determinarão a diferenciação e o posicionamento da marca em seu mercado.

A identidade são as ações da empresa coerentes com sua integridade. Uma marca jamais definirá nos seus valores a sustentabilidade se nos seus processos produtivos dos seus produtos há práticas condenáveis de desperdício ou degradação.

Todo este processo de harmonia entre integridade e identidade é o que vai definir a imagem da sua marca. Como resultado ela terá engajamento, colaboração e comunicação espontânea em projeção geométrica. Terá a contribuição externa para a sua definição por completo, a contribuição do outro como bem identificou Sartre.

No ambiente corporativo leia-se os outros como fornecedores, representantes, vendedores, lojistas, imprensa especializada, formadores de opinião, concorrência, consumidores, setor e sociedade. Essa barreira a tecnologia ainda não ultrapassa.

Veja aqui as marcas mais valiosas do mundo clicando na página da consultoria de branding BrandFinance

Telefone direto do Gmail

O Google avança em varias frentes. Depois de anunciar indiretamente a batalha contra o Facebook através dos Social Games, agora a empresa oferece um serviço concorrente do Skype. É o Gmail voz e vídeo bate-papo, a telefonia direto do Gmail. Por enquanto não serão cobradas taxas para as chamadas realizadas nos Estados Unidos e Canadá. De lá para outros países, o Google divulga em seu blog que serão cobradas taxas bem baixas comparadas com as tarifas normais. Estas devem valer para o Brasil também. Não ha nenhuma menção no blog com relação ao Brasil, mas quem já utilizou os créditos do Skype para ligações telefônicas deve saber bem como funciona o sistema.

Lá no Gmail Blog

Google inicia a guerra entre as redes sociais

Inicia-se a batalha do Google x Facebook

Todos conhecem o poder do Google, maior site de buscas do mundo. Sua engenharia de otimização de busca (SEO) definiu o padrão de construção dos sites, portais e blogs que batalham por um espaço de destaque na web, ou pelo menos que sejam facilmente encontrados pelo buscador. Enquanto isso, novas ferramentas surgem no universo online e ganham destaque entre os internautas. Além das redes sociais, que todo mundo já sabe, os games sociais nestas redes também ganham espaço e rendem cifras gigantescas.

FarmVille é um sucesso nas redes sociais

Quem está no Facebook no mínimo já foi impactado por posts do MáfiaWars ou do Farmville. Estes games podem ser jogados de forma gratuita, mas para avançar nas fases e tornar o jogo realmente interessante é preciso comprar posições ou elementos que o destaquem na rede social do jogo. E isso se faz através de cartão de crédito, é claro. A grande sacada é esta: o envolvimento de sua rede social no jogo e a métrica da popularidade. Você não caiu nessa? Tudo bem, também não acreditava que alguém pudesse comprar fase de jogo em rede social, mas os desenvolvedores destes jogos citados, a Zynga, vale hoje mais de US$ 4 bilhões. E as estimativas apontam para uma recolhimento na ordem de US$ 1 bilhão vindo somente de receitas dos jogos sociais.
É de olho grande neste mercado que a Google comprou a Jambool, empresa que detém a plataforma SocialGold, que gerencia pagamentos de itens virtuais, como os games. Sua maior rival é o Facebook Credits, o que dá início a uma guerra entre redes sociais começando pelos gigantes deste mercado.
Leiam a matéria divulgada no portal IDG NOW em sua íntegra abaixo.
Com a aquisição, gigante de buscas entra no mesmo mercado que o Facebook Credits, plataforma própria do Facebook para moeda virtual.

Plataforma Social Gold agora é do Google

Google compra Jambool: É o começo da batalha entre as redes sociais

Ao confirmar a compra da empresa Jambool, a Google deu um novo passo em direção à batalha contra o Facebook. Com a mais nova aquisição, a gigante de buscas adquire também a plataforma Social Gold que gerencia pagamentos de itens virtuais. O serviço concorre com o Facebook Credits, plataforma própria do Facebook para moeda virtual.

Facebook Credits x Jambool
O CEO da Jambool, Vikas Gupta, criticou recentemente o Facebook Credits em uma entrevista ao site Inside Games Social.

Gupta listou muitos problemas, como a pesada a taxa por transação (de até 30%), as falhas de implementação (até 2% das pessoas gastam dinheiro em jogos sociais, índice que, segundo diz, deveria estar mais perto dos 50% ou 60%), e suas semelhanças com cartões de crédito pré-pago – que, avalia, tiveram sucesso “limitado”.

Os jogos sociais deram início a uma indústria multibilionária. A Zynga, desenvolvedora do Farmville, vale mais de 4 bilhões de dólares. Estimativas recentes afirmam que os jogos sociais recolherão mais de 1 bilhão de dólares em receita este ano.

Um estudo realizado pela Jambool durante quatro meses destacou que:

7% dos usuários que compram bens virtuais voltam a fazê-lo depois de quatro meses. Ainda assim, a grande maioria das pessoas nunca realizou uma compra através de um jogo;
Os jogos com melhor desempenho social podem fazer com que 41% dos usuários repitam uma compra;
A média de gasto em jogos sociais entre os norte-americanos foi de 74 dólares, enquanto a média do jogador asiático foi de 30 dólares;
Usuários da América Latina gastam uma média de 300 dólares em um período de quatro meses.
No entanto, o Google manteve silêncio sobre a aquisição da Jambool e até o momento tem sido evasiva sobre sua nova rede social.

Às compras
Somente neste ano a Google já comprou 18 empresas, muitas das quais com potenciais serviços para sua comentada rede social, chamada de Google Me.

Anteriormente, a companhia comprou a Slide por uma quantia entre 180 milhões de dólares e 230 milhões de dólares. A Slide é uma empresa de mídia que desenvolve jogos, widgets e aplicativos projetados especificamente para meios de comunicação social. Além disso, são responsáveis por aplicativos no Facebook, como o SuperPoke.

Também foram investidos entre 100 milhões de dólares e 200 milhões de dólares na Zynga, a empresa responsável por aplicativos como o Farmville e pelo Mafia Wars, entre outros.

(Brennon Slattery)

Brasileiro prefere acessar redes sociais em casa

Uma ótima notícia para as empresas ou resultado de ações de seguranças impostas por elas e seus departamentos de TI que restringem cada vez mais o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho? Isso pelo menos agora não importa, mas já é fato a mudança de comportamento. Certo é que enquanto não há um estudo ou comprovação definitiva de como usar as redes sociais e o acesso a internet para melhotrar os índices de produtividade e venda, a melhor postura mesmo é coibir os acessos, afinal o ambiente de trabalho é lugar de trabalho e ponto final. Exclua-se os departamentos de marketing que precisam estudar, experimentar e achar a resposta.
A mudança de comportamento é revelada em pesquisa divulgada no blog do Rodrigo Martins, do Estadão, que segue na íntegra abaixo e o link para vocês verificarem na fonte.
Na hora de acessar redes sociais, 98% dos internautas brasileiros preferem fazer isso de casa. O número é resultado de uma pesquisa feita por Ibope Nielsen e Interactive Advertising Bureau Brasil. O estudo apresenta dados interessantes de comportamento dos internautas brasileiros. Você sabia, por exemplo, que 54% dos usuários acessam as redes mais de uma vez por dia?

Outra informação interessante – também vista fora do Brasil – é que as pessoas usam as redes para fins pessoais (84%), contra 16% para pessoais. E o que elas fazem? Vale separar em tópicos:

– 47% conversam com amigos

– 16% buscam informação

– 15% querem entretenimento

– 2% usam para substituir o e-mail

A pesquisa também mapeou os usuários por celular. Do total, 6% acessam as redes por celulares pré-pagos. E 10% por pós pagos.

Lá no Rodrigo Martins Continuar lendo Brasileiro prefere acessar redes sociais em casa